Fotos: Arquivo Pessoal
Aos 87 anos, Assis Abreu de Vargas se orgulhava da família que construiu ao lado da esposa, Marina Machado de Vargas, 79 anos. Com mais de seis décadas de casamento, o casal não deixava de se reunir para celebrar a vida com os filhos Maria Fátima, João Carlos, Marli Terezinha, Jaci, Tania, José Antonio, Mauro Regis, Leani, Leandro e Rita, com os 21 netos e com os 10 bisnetos. O tradicional almoço de Ano Novo era sagrado. Nesses momentos, músicas, risos, futebol e muita comida boa eram compartilhados entre os familiares de seu Assis, como ele era mais conhecido. O profissional de construção civil nasceu no distrito de Santa Flora, em Santa Maria, onde foi lavoureiro. Há 40 anos, em busca de melhores condições de vida, mudou-se para a região central da cidade, onde trabalhou em olaria e se dedicou à construção civil. Conforme a família, o idoso estava sempre de bem com a vida.
- O pai estava sempre sorrindo ou fazendo caretas ou contando piadas. Ele divertia o ambiente. Além dissom, era correto nas atitudes e demonstrava carinho, principalmente, com abraços. A alegria dele era levar filhos, netos e bisnetos para pescar. Onde o pai fosse, íamos junto. Ficávamos a pescaria inteira correndo em volta dele - recorda o filho Leandro Machado de Vargas, 45 anos.
Há 14 anos, a pedido do filho Mauro, Assis abriu as portas de casa para uma nova igreja que começava em Santa Maria, o Templo das Nações. Ele foi o primeiro anfitrião dos pequenos grupos que deram origem à igreja, que frequentava com esposa, filhos, noras, genros, netos e bisnetos.
- O vô era um ótimo anfitrião. Morei com ele. Cuidou-me por muito tempo, foi meu exemplo, avô e pai. Ele me buscava no colégio todos os dias. Além disso, fazia questão de passar os finais de semana com todos nós - emociona-se o neto Felipe de Vargas de Oliveira, 27 anos.
Segundo a filha Jaci Maria Machado de Vargas, 56 anos, para o idoso, família era prioridade. Morador do Bairro Pinheiro Machado, Assis cultivava excelente relação com toda a vizinhança.
- Ele era tão amoroso com os animais! Os cães Frederico e Tom eram companheiros dele. Tom costumava ficar no colo, enquanto Frederico aproveitava para ficar à volta dos dois, tomando sol. Quando o pai foi para o hospital, eles ficaram no portão. Agora, ficam no mesmo lugar, esperando que ele volte - diz a filha que morava ao lado da casa do pai.
Para a neta Susana de Vargas Fadanelli, fica a lembrança das tardes em que o avô ia à fruteira perto de casa e voltava com os bolsos cheios de bala de banana para os netos, além das histórias engraçadas, sempre com um ensinamento no final. Ela recorda dele como gremista apaixonado, que sempre reunia a família para jogar bocha ou cartas.
- Nosso avô nos deixou um legado de respeito, honestidade, simplicidade, união e carinho para com todos. Estará para sempre vivo em nossos corações - conclui Susana.
Assis faleceu no Hospital Universitário de Santa Maria, em 12 de junho em decorrência de insuficiência respiratória. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122